saúde

Husm registra ocorrência policial por conta da superlotação no Centro Obstétrico

Foto: Michele Pereira (assessoria do Husm)

A superlotação do Centro Obstétrico do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) acabou resultado no registro de um boletim de ocorrência policial na manhã desta quinta-feira. O setor, que conta com 10 leitos, atendia nesta manhã 27 gestantes. 

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De acordo com a gerente de atenção à saúde do Husm, Soeli Guerra, que fez o registro na 4º Delegacia de Polícia de Santa Maria, em Camobi, o objetivo é chamar a atenção do Estado para tentar apurar quem é o responsável pela situação, que é recorrente na instituição. "O Husm, que deveria atender prioritariamente os casos de gestantes de alto riscos, acaba prestando atendimento de menor complexidade porque outros hospitais de referência da região - Casa de Saúde e Hospital de Santiago - não estão recebendo as grávidas", desabafa Soeli.

- É o risco que nós estamos identificando com relação às pacientes, elas estão expostas e, internamente, as equipes não têm segurança, estão em um processo de adoecimento porque essa situação é constante. Nossa obrigação e dever é de buscar soluções pelos caminhos que a estrutura da sociedade representa - relata Soeli. 

CASA DE SAÚDE
Em novembro do ano passado, a maternidade da Casa de Saúde fechou as portas, e a superlotação no Husm ocasionada pela demanda extra foi recorrente por mais de quatro meses. A ala da Casa de Saúde voltou a funcionar apenas em março, mas a falta de pediatras ainda é constante. 

- Quando eu saí daqui (do hospital) para ir à delegacia, às 9h, tínhamos 25 pacientes internadas em 10 leitos. Nesse meio tempo, chegavam duas em período expulsivo, ganhando os bebês, e não tinha nenhuma maca, nenhum espaço privativo para colocar elas deitadas para ter seus bebês. Eu não presenciei, mas tenho quase que por concluir que esses bebês nasceram nos corredores na frente de toda as outras grávidas. É um retrato do caos, uma situação calamitosa que se retrata - conta Soeli. 

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O registro policial ainda não foi analisado pela delegada substituta da 4ª DP, Elizabeth Shimomura. Conforme Soeli, por conta do boletim, a 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) convocou uma reunião para a tarde de hoje. O titular da 4ª CRS, Roberto Schorn, diz que antes da reunião com as gestões do Husm e da Casa de Saúde não fará pronunciamentos. Ele não soube informar o horário nem o local do encontro, mas afirmou que será uma reunião a portas fechadas.

- Sei pouco sobre o caso, mas quero entender bem e conversar com os administradores dos dois hospitais - declarou Schorn.

A diretora-presidente de Associação Franciscana de Assistência a Saúde (Sefas), irmã Ubaldina Souza e Silva, diz que uma reunião foi convocada com a administração da Casa de Saúde para às 14h de hoje. Antes desta reunião, o hospital não emitirá informações à imprensa sobre o caso. A Sefas administra a Casa de Saúde.

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